[DÚVIDA] - Gasolina não chega no regulador de pressão

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Bange
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Re: [DÚVIDA] - Gasolina não chega no regulador de pressão

Mensagem por Bange »

De fato, a litragem não é a razão direta e única para tantas diferenças... a meu ver poderia ser até um padrão para todos os motores de qq montadora, mas...
Bom, no vídeo é mostrado que com 3 Bar (medidor da direita), a quantidade de ar que sai é mínima (sem vácuo) e ao se conectar o vácuo, a saída de ar (que simula o retorno do combustível), é significativamente aumentado... e não adianta aumentar o volume de ar, que a pressão se mantém constante em 3 Bar... mas quando se retira o vácuo, a pressão chega até próxima de 4 Bar, que é a pressão que está no medidor da esquerda (reservatório do cilindro de ar). Obs.: aumente bem o som pra perceber a saída de ar com e sem vácuo.
Se com vácuo sai bastante ar e sem vácuo quase não sai (ou sai muito pouco), minha conclusão é de que o vácuo atua como uma chave para permitir que o excedente a 3 Bar, siga como retorno ao tanque...
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Mensagem por SemControle »

Bange escreveu: Domingo 17 2021f Janeiro 2021 03:53:46 PM De fato, a litragem não é a razão direta e única para tantas diferenças... a meu ver poderia ser até um padrão para todos os motores de qq montadora, mas...
Bom, no vídeo é mostrado que com 3 Bar (medidor da direita), a quantidade de ar que sai é mínima (sem vácuo) e ao se conectar o vácuo, a saída de ar (que simula o retorno do combustível), é significativamente aumentado... e não adianta aumentar o volume de ar, que a pressão se mantém constante em 3 Bar... mas quando se retira o vácuo, a pressão chega até próxima de 4 Bar, que é a pressão que está no medidor da esquerda (reservatório do cilindro de ar). Obs.: aumente bem o som pra perceber a saída de ar com e sem vácuo.
Se com vácuo sai bastante ar e sem vácuo quase não sai (ou sai muito pouco), minha conclusão é de que o vácuo atua como uma chave para permitir que o excedente a 3 Bar, siga como retorno ao tanque...
o vácuo no dosador vai apenas puxar a membrana q esta após a mola, então comprime a mola, deixando a passagem de combustível maior baixando a pressão.....varia coisa de 0,4~0,6 bar ter vácuo e não ter vácuo

não poderia acontecer esse aumento extra, como em qq sistema q trabalha com pressão, tem uma válvula q regula a pressão máxima de operação, o q vier além da pressão nominal do dosador deveria ser liberado no retorno, seja usando bomba de 1bar (q vai trabalhar além da capacidade pra manter a linha em 3 bar) como com bomba de 6bar, a pressão na linha deveria ser a de 3bar nominal do regulador q seja.....
ai entra a questão do dimensionamento do dosador q não ter diâmetro suficiente pra liberar grande volume, q é o mais provável, já q é previsto o uso da bomba em si de 3bar, não é pra conseguir empurrar combustível até chegar em tanto volume assim....mas existem bombas famigeradas q trabalham em 20bar, mas o previsto é o uso de pecas originais ou compatíveis de 3 bar

mas é bom q a conclusão q se chega q já vale de alerta pro pessoal q adapta o refil dos corsas mais novos c pressão nominal de 4bar, vai acabar dando diferença na pressão da linha de combustível....provável q pela dimensão do regulador não de vazão suficiente pro volume extra bombeado pela bomba, o mesmo q acontece colocando bomba de MPFI em EFI, uma bomba de 3 bar contra uma bomba de 1 bar, tem volume suficiente pra modificar a pressão na linha, o EFI é mais sensível com isso
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Mensagem por SemControle »

mas da duvida inicial, usei por vários anos uma bomba externa no meu corsa era acho q de 2.2bar e funcionava perfeitamente, mesmo a linha ficando com os quase 3 bar de trabalho em alta....
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Mensagem por SemControle »

como um belo artista do paint fiz uma ilustração o mais simples do dosador a vácuo, apenas as partes interessantes....
Imagem

a elasticidade da mola, mais o seu ajuste na fabrica, determina a pressão máxima de trabalho do mesmo.....então sem qq influencia externa, nominalmente esse ajuste é para 3 bar, o q vier a mais é liberado pela passagem retornando ao tanque....o q vier a menos, não é capaz de vencer o ajuste da mola, então não retorna, essa condição seria a inicial de tudo, linha de combustível vazia, inicia a bomba preenchendo a linha, após preenchida passa a ir elevando a pressão da linha, a mola não foi vencida ainda (pressão na entrada abaixo da pressão calibrada na mola), bomba continua empurrando, ao atingir os 3 bar na entrada do dosador, chega o momento q a pressão na entrada é suficiente pra começar a compressão da mola, abrindo mais a passagem para o retorno....

com vácuo a mudança é essa parte superior do dosador, por ser hermética o vácuo suga a membrana, q por sua vez, vai comprimir a mola, muito pouco, mas o suficiente apenas pra q ao invés da passagem de combustível pro retorno aconteça em 3 bar (da mola), aconteça um pouco antes, apenas pelo fato do vácuo conseguir uma compressão mínima na mola, o suficiente pra ter uma passagem apenas maior....


pra dosador original de 3 bar, bombas pequenas dão conta do trabalho, mas tem a vida útil abreviada, uma bomba de 1 bar tem q trabalhar sob muito esforço pra manter fluxo o suficiente pra segurar os 3 bar na linha, qnt mais pressão se põe na saída da bomba, menor se torna a vazão l/h da mesma, até o ponto q a vazão cessar.
Imagem
Dai não terá mais como elevar a pressão, pq a bomba não é capaz de ter vazão...

conforme a situação da bomba do inicio do tópico, pode estar c tão baixa vazão, q não seja suficiente nem mesmo pra preencher a linha (acho difícil), pq sem vácuo o dosador é calibrado pra 2,8bar, a bomba inicialmente tem q manter fluxo pra encher a linha de combustível (ela apenas bombearia combustível pra preencher, o ar seria expulso pelo regulador, seguindo caminho do combustível), dai continuar bombeando gerando agora pressão, se mantem nisso ate chegar nesse ponto de permitir retorno, pressão de 2.8bar na linha, mas se ela estiver fraca o bastante pra nem manter essa vazão pro preenchimento, é caso de troca, MAS é preciso testar antes de sair trocando tudo....
se algo por acaso estrangulou a tubulação em algum ponto a pressão de trabalho da linha, será de sei lá qnt mil bar, não tem como saber e é difícil um sistema hidráulico conseguir uma obstrução de 100% devido um dano (as linhas de combustível vem por baixo do carro), mas volta na questão da vazão, vazão muito baixa, pouca pressão já faz cessar, e pode ser q ate bombas muito fortes custem a conseguir vencer isso (mas é difícil um dano causar o estrangulamento total da tubulação de combustível como ja disse) e olhando a tabela q postei acima, o fabricante/vendedor dessa bomba mega power ai passa os dados, em 11 bar de pressão zera o fluxo de combustível.....

resumindo, pro autor do tópico, é testar, e ate procurar algum dano visível no sistema todo
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Mensagem por Bange »

Concordo em tese com quase tudo, a menos de alguns dados da bomba...
Qualquer bomba de líquidos tem que ter ao menos dois valores: volume e pressão
O volume é a capacidade de vazão do líquido num determinado tempo e a pressão é dada pela capacidade da bomba em vencer uma certa resistência e ainda fornecer alguma vazão.
No caso de uma bomba de poço (tipo lápis ou sapo), a resistência é a coluna de água que ela é capaz vencer… se a coluna d’água for 0 metros, a vazão é a máxima possível, mas a pressão é zero.
A medida que se eleva a coluna (resistência ou peso), a pressão se eleva e o volume decresce até chegar a zero, quando a pressão será máxima (pico).
Pressão x vazão de uma bomba.jpg
O mesmo ocorre com a bomba de combustível de automóveis… só que…
Diferentemente de uma bomba hidráulica tipo caseira (cuja performance desejada é a vazão fixa numa altura fixa), na bomba de combustível o que se deseja é: pressão fixa independente do consumo do combustível, que varia conforme o gasto pelo motor.
Não sei já houve evolução tecnológica, mas a manutenção da pressão requerida aos bicos é feita mecanicamente, com ou sem vácuo, pelo dosador ou válvula reguladora de pressão, sendo a vazão medida após a válvula um subproduto que pode ser zero ou qualquer outro valor superior, desde que a pressão seja mantida e a bomba capaz de fornecer uma vazão no mínimo igual ao consumo máximo do motor, ou seja, um motor normal de carros de passeio que faça 10km/l a 200km/h (máximo), irá consumir 20l de combustível em 1 hora… se a bomba for capaz de sustentar 3 Bar e fornecer tal volume, a vazão medida após o dosador será zero litros em velocidade máxima e obviamente será quase a mesma vazão (20l) pós válvula se o motor estiver em ML, quando o consumo é mínimo. Bombas acima estarão superdimensionadas ou abaixo subdimensionadas.
Mas até onde sei, nenhum fabricante de bomba fornece o valor de vazão com esta ou aquela pressão, o que a meu ver é uma falha… um gráfico semelhante ao acima seria no mínimo uma obrigação, o que facilitaria até para avaliar a eficiência da bomba
Considerando novas tecnologias de controle da bomba, podemos ter o da corrente/tensão, o da frequência ou PWM, agregando-se um pouco mais de eletrônica embarcada… aí pode jogar fora qualquer tipo de válvula reguladora com ou sem vácuo, assim como o retorno ao tanque.
Espero que nossa concordância (ou divergência?), tenha agregado mais conhecimento ao autor do tópico, de modo a solucionar o problema.
Você não está autorizado a ver ou baixar esse anexo.
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Mensagem por SemControle »

sim, e se pensar apenas nos detalhes complicadores pro funcionamento de um fluxo desse de carro pra carro, as condições de cada um.....ja é melhor nem pensar, e imaginar q o ciclo aconteça perfeitamente pela teoria....

mas quero saber o q foi resolvido com o carro do tópico
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